
Prosseguem
andando e quando finalmente chegam ao local onde colocarão na urna as suas
vontades como cidadãos brasileiros, simplesmente olham ao redor. Alguns com
olhares críticos. Outros já acostumados com a sujeira espalhada pelas ruas. São
milhares de folhetos jogados no chão, contendo fotos de milhares de pessoas, de
supostos candidatos que serão os melhores representantes dos municípios. Folhetos que
representam toda a hipocrisia dos candidatos, os milhões em dinheiro jogados
fora, árvores derrubadas à toa e litros, muitos litros de água que poderiam
acabar com a sede de muitas pessoas que a possuem e no entanto, não passam de
folhetos imundos espalhados pelas vias públicas.
Porém,
antes de entrar no local de voto algumas pessoas ainda não decidiram em quem
votar. Então, parte desses indivíduos, pedem para que as crianças peguem esses
folhetos, para decidir sem nem um pouco de raciocínio quais os dígitos que
apertarão na urna. Contudo, outros vão e eles mesmos pegam a chamada "colinha".
Será que é para isso que servem os folhetos jogados no chão?
Entram
no local onde está acontecendo a votação e passam a procurar a seção eleitoral
em que irão depositar em uma urna eletrônica as suas vontades com cidadãos da
democracia brasileira. Alguns aguardam em uma pequena fila, outros entram, votam e pegam o comprovante de votação, constituindo assim a democracia e elegendo aqueles
que fazem com que nossas praças e ruas estejam sujas e poluídas de hipocrisia e
falta de comprometimento com o meio ambiente e, consequentemente com a
população.
Será
que realmente estamos vivendo uma democracia? Aparentemente sim. Mas a
democracia apenas será feita quando tivermos bons políticos com ideais,
princípios e compromissos sinceros para com o povo e também quando a população
começar a selecionar o trigo do joio de forma crítica e racional, afinal é isso
que nos diferencia dos outros animais, a capacidade da razão, pois "A democracia é uma forma superior de governo, porque se baseia no respeito do homem como ser racional" (John F. Kennedy).
Cleitom Soares de Melo
Nenhum comentário:
Postar um comentário