“As
flores são efêmeras”
Dizia
o geógrafo ao principezinho.
Mas
algo não se pode negar
A
sua beleza, incomensurável.
Com
suas pétalas tão belas,
E
o seus perfumes tão agradáveis,
Chegam
numa primavera,
Com
um sorriso escondido.
Elas
se mostram numa manhã
Com
o raiar de um lindo sol.
Sempre
tão cultivadas.
Sempre
tão esperadas.
Todavia
o tempo fecha
E
o calor sede lugar ao frio.
E
o jovial, ao tempo.
E
a beleza, às rugas.
E
é mórbida a sensação de nostalgia,
Ou
das gotas chorosas que rolam pelo rosto.
Ou
do suspiro melancólico da saudade.
Ou
do inquieto vazio do peito...
E
as flores secas, perdem sua beleza,
Às
vezes ficam pretas aos olhos.
Outras
vezes nem se espera por isso,
Pois
é triste ver a finitude do belo.
E
assim é com o caixão,
Que
porta os entes queridos.
E
assim é com aquela paixão,
Que
arrasa o coração.
E
o medo fica.
Medo
do desamparo.
Medo
da solidão.
Medo
da decepção.
Mas
o medo se faz necessário
Para
encontrar dentro de si
A
força que arranca o mal
De
forma definitiva e aguda.
E
quando enxerga-se isso
Diz
a flor ao principezinho:
“É
preciso que eu suporte duas ou três larvas
Se
quiser conhecer as borboletas.”
Cleitom Soares de Melo

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