Há pessoas e mais pessoas.
Com as mais diversas características.
Com os mais inconstantes sonhos.
Todavia, são pessoas.
Pessoas cheias de amor.
Pessoas com medo de amar.
Pessoas que se esgotam pela verdade.
Pessoas que enganam outras pessoas.
Pessoas que precisam ser entendidas.
Pessoas com faces cansadas pela longa
estrada da vida.
Pessoas movidas pelos sentimentos.
Pessoas que se calam diante das
injustiças.
Pessoas que são esquecidas.
Pessoas que são saudades.
Pessoas que são amigas.
Pessoas que são inimigas.
Pessoas que choram.
Pessoas que riem.
Pessoas animadas.
Pessoas entediadas.
Pessoas que lutam pela liberdade,
De escolher o que fazer,
Decidindo-se pela revolta,
Tempos depois encolhem se arrepender.
Pessoas que são marginalizadas
Por outras tantas pessoas.
Pessoas que são humanas.
Pessoas que são desumanas.
Pessoas que escrevem com o coração.
Pessoas que escrevem por profissão.
Pessoas que tentam fazer da vocação,
Um sentido amplo de se viver.
Que a vida não seja marcada
Por ações repetidas do dia-a-dia.
Todavia, seja ela uma grande aventura,
Capaz de ser vivida
Por alguém que ama de verdade.
Que a vida não seja marcada
Por um gesto concreto de desperdício.
Todavia, seja ela compensada,
Até a mais dolorida lágrima derramada
Por alguém que já se foi.
Que a vida seja a primavera.
Mas o verão, o outono e o inverno
também.
Para que se viva em cada estação,
O sentido de todas elas existirem.
Pois tudo na vida tem um sentido.
Mesmo que este esteja escondido por
debaixo de uma enorme rocha.
Ou que navegue com as ondas do profundo
oceano.
E quem se aventurará de procurá-lo?
Há pessoas e mais pessoas.
Cleitom Soares de Melo

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