Leia
este escrito
Mesmo
sem entender seu conteúdo,
Mesmo
que as profundas palavras nele contidas
Não
signifiquem nada para ti.
Leia
este escrito
Como
uma carta velha de um velho amigo,
Que
revela segredos íntimos,
Que
revela saudades aos olhos em lágrimas.
Leia
este escrito
Como
uma cigana lê a mão de um alguém qualquer,
Tentando
desvendar um futuro,
Talvez
uma consequência de um passado.
Já
não sei se há sentido
Expressar
os sentimentos contidos
Muitas
vezes incompreendidos
Que
batem com o coração.
Nem
mesmo eu depois de tudo,
Consigo
entender a brincadeira de roda
Que
a vida insiste em fazer
Com
as amarguras.
E
a palavra correta a ser usada compreende-se em talvez,
Pois
a incerteza cede lugar a tristeza
De
nunca encontrar diante do espelho
A
imagem coerente do que se construiu.
Mas
ao contrário,
Encontrar
destroços de um mal feito
Por
tantos erros
Que
se perdem no caminho.
Ora,
seja o pessimismo a tomar conta do meu ser,
Ou
seja, então, a esperança que desponta
De
um modo falho de dizer
O
que as ações já disseram uma vez.
Que
despedacem o coração.
Que
aborreçam a cabeça ocupada.
Que
desfaleça o corajoso.
Mas
um dia, que brote a rosa dourada.
Que
brilhe a luz,
De
uma estrela que guia para a salvação.
E
que ao encontrar, tão grande mistério
Possamos
presenteá-lo em adoração.
E
que o esplendor de uma tempestade
Que
anuncia uma injustiça cometida,
Seja
o anuncio do esplendor do orvalho
Que
anuncia para sempre a vida.
No
dia, o dia.
No
erro, o erro.
Na
esperança, a misericórdia.
Na
morte, a vida.
CLEITOM SOARES DE MELO
Nossa, não sabia que esse meu amigo escrevia tão bem...
ResponderExcluirGustavo Franzon