As
recordações para longe.
Mas
estas insistem em retornar
Oferecendo
dor ou mesmo alegria.
E
assim é com o cheiro.
E
assim é com a cor.
E
assim é com a melancólica melodia do piano,
Que
faz uma lágrima cair num oceano de solidão.
E
quem um dia poderá indagar
Sobre
o motivo do suspiro
Da
noiva apaixonada
Que
foi abandonada no altar?
E
quem um dia poderá rejeitar
A
hipótese de que o cordeiro
Pode
ser somente a aparência
De
um lobo feroz?
O
tempo passa e traz com ele
Perguntas
difíceis a serem respondidas.
Questões
complexas a serem refletidas.
E
às vezes o medo de fazer o que deve ser feito.
E
assim é com a política.
E
assim é com o meio ambiente.
E
assim é com todos os erros causados no passado,
Que
fazem com que se perca o sono.
E
quem poderá repreender
A
bela jovem que se rebela
Ao
ver os sonhos destruídos
Pela
falta de oportunidades?
E
quem poderá julgar
A
vida errante do passageiro
Sendo
que o caminho que irá trilhar
É
tão incerto quanto a existência dos alienígenas de Marte?
É
a magia do inverno
Que
determina com rigidez
Como
serão as flores da primavera.
Como será o raiar
do Sol no verão.
Cleitom Soares de Melo
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